STC5 - DR 2 E 3

 

DR2 e DR3 – Impacto das novas tecnologias na sociedade

 

Este trabalho, respeitante aos domínios de referência DR2 e DR3, da disciplina de Sociedade, Tecnologia e Ciência, teve como objetivo investigar, refletir e descrever o impacto das novas tecnologias na sociedade.

Antes de entrar no tema em questão devo salientar que, e com base no novo acordo ortográfico, fiquei familiarizado com as diferenças gramaticais e de vocabulário que o mesmo envolve. Contudo, e baseado na minha opinião pessoal, o português de Portugal é a língua mãe de uma outra língua que se chama português do Brasil e não o contrário como acontece nos dias de hoje.

A informática marca a sua presença na atual sociedade, ao ponto de, não se imaginar, hoje, uma sociedade sem a tecnologia de informação. Com o avanço das novas tecnologias, o homem sente-se forçado a interagir com novos métodos e novas formas de viver em sociedade. Tendo em vista os aspetos observados, somos forçados a concluir que o homem tem de se adaptar às constantes transformações provocadas pela introdução de tecnologias de informação, correndo o risco de se tornar um excluído digital. Com o aparecimento do computador com todas as sua funcionalidades, quer sejam, através de softwares, ou da inclusão da internet, houve um avanço significativo no que se refere à disponibilização e recuperação de informações.

A capacidade da rádio e da tv influenciarem a opinião pública é, indiscutivelmente, de importância decisiva na nossa sociedade. Com o domínio destes meios, por parte de grandes grupos económicos, origina que tais meios se tornem fáceis de manipular, face aos grandes objetivos financeiros. Pela observação dos aspetos analisados percebe-se que, as estações de TV privilegiam mais programas de entretenimento duvidoso, casos do big brother, casa dos segredos, do que outros que contenham assuntos de cultura geral, pois, o que está em causa nessas estações, é o nível de audiência.

O impacto da internet na sociedade em termos de empregabilidade é um assunto muito pertinente nos dias de hoje. Reconhece-se, de modo geral, que a nível empresarial, o uso das novas tecnologias leva à realização de ganhos de produtividade, melhorando assim a competitividade entre as empresas e da economia, proporcionando um crescimento económico. Estes ganhos de produtividade originam em diversos sectores uma fonte de criação de empregos, no entanto, outros serão extintos, acabando com os trabalhos repetitivos, geralmente executados por trabalhadores com poucas qualificações. Em virtude do que foi mencionado conclui-se que a internet tem, presentemente, um enorme peso tanto nas empresas como a nível individual, pois, os sectores ricos em informação assistem ao aparecimento de novos mercados, e a nível pessoal, cabe a cada individuo retirar da internet o melhor para a sua qualificação pessoal.

A internet na difusão de bens culturais é outro tema de grande controvérsia. No caso do utilizador tem uma ferramenta capaz de lhe proporcionar visualização de bens culturais tais como museus, livros, músicas, filmes, entre outros, e, às entidades/artistas a possibilidade de divulgação dos seus conteúdos. Atualmente, é possível efetuarmos visitas em bibliotecas via Internet, e temos na Web várias publicações disponíveis, tais como, livros, revistas, jornais etc. Contudo, face ao grande fluxo de downloads ilegais compete aos legisladores e às entidades reguladoras se pronunciarem e legislarem sobre este tema.

Com o grande fluxo de utilizadores na internet, surge a necessidade de se criar espaços onde fosse possível a discussão de assuntos quer pessoais, quer profissionais, dando assim azo ao surgimento das redes sociais. As redes sociais deram ao seu utilizador grandes vantagens relativamente a determinados assuntos de interesse, aumentando as relações de proximidade geográfica, divulgação de currículos, maior facilidade de acesso a referências pessoais, mais oportunidades de emprego, enfim uma panóplia de regalias que, e dado o exposto, cabe a cada utilizador usufruir delas conforme o seu interesse. Investigar as suas aptidões e interesses, avaliar as possibilidades de crescer no seu ramo de atividade ou empresa, aprender a aplicar o seu conhecimento, administrar melhor o seu tempo, cultivar o hábito de ler, aprender a usar computadores, dominar pelo menos um idioma estrangeiro, tomar a iniciativa, preservar sua capacidade, cuidar de sua saúde física e mental, investir em atualização profissional, cultivar bons relacionamentos, são algumas das medidas a serem tomadas pelos trabalhadores, no sentido de se prepararem para tornar empregáveis as suas habilidades.

Ao longo da história da humanidade sempre houve a necessidade de comunicação entre as pessoas. Desde os primórdios da civilização até aos dias de agora grandes mudanças na transmissão de informação foram surgindo. Tais mudanças sempre interferiram tanto nas estruturas sociais de cada época, como na ocupação do território, como no desenvolvimento pessoal de cada cidadão. No entanto, e levando em conta alguns aspetos, que entendo serem mais relevantes, destaco a falta de infraestruturas nas zonas periféricas, a nível de telecomunicações, propiciando a estas pessoas um maior isolamento em relação ao mundo global que vivemos presentemente. Com uma melhor cobertura nestas zonas de melhores telecomunicações, colmatava o fosso das distâncias entre as regiões urbanas e periféricas, facilitaria os cuidados de saúde, de educação e acesso aos serviços públicos.

Gostaria de acabar a minha conclusão com frases de Manuel Castells no seu livro: FIM DE MILÊNIO (2000)

"O século XXI não será uma era de trevas. E, para maioria das pessoas, também não trará as recompensas prometidas pela revolução tecnológica mais extraordinária da história. Ao contrário, é provável que seja caracterizada por perplexidade consciente."

"A promessa da Era da Informação representa o desencadeamento de uma capacidade produtiva jamais vista, mediante o poder da mente. Penso, logo produzo. Com isso, teremos tempo disponível para fazer experiências com a espiritualidade e oportunidade de harmonização com a natureza sem sacrificar o bem-estar de nossos filhos."

"Se as pessoas forem esclarecidas, atuantes e se comunicarem em todo o mundo; se as empresas assumirem sua responsabilidade social; se os meios de comunicação se tornarem mensageiros, e não apenas mensagem; se os atores políticos reagirem contra a descrença e restaurarem a fé na democracia; se a cultura for reconstruída a partir de experiências; se a humanidade sentir a solidariedade da espécie em todo o globo; se consolidarmos a solidariedade inter-regional, vivendo em harmonia com natureza; se partirmos para exploração de nosso ser interior, tendo feito as pazes connosco mesmo. Se tudo isso for possibilitado por nossa decisão bem informada, consciente compartilhada enquanto ainda há tempo, então talvez, finalmente possamos ser capazes de viver, amar e ser amado." 

Fonte: https://www.idbrasil.org.br/drupal/?q=node/9331

STC 5 - DR2,3 Humberto Santos.pdf (587,7 kB)